Myka Stauffer, youtuber que se viu envolvida em polémica depois de ter devolver uma criança com autismo que tinha adotado, decidiu voltar a falar sobre o assunto e sobre o processo de adoção.
Recorde-se que Myka e o marido decidiram adotar uma criança chinesa em 2017. Todo o processo foi relatado através das redes sociais, gerando lucros para a família. Contudo, quando não conseguiram adaptar-se às “necessidades especiais” do menino, decidiram entregá-lo a outra família para adoção. O casal, que tem quatro filhos biológicos, estava com a criança há cerca de três anos.
A youtuber diz que foi “ingénua e arrogante” ao entrar com o processo de adoção sem se ter preparado o suficiente para receber a criança e diz ainda que fez apens um curso online de um dia para receber um certificado.
"Em primeiro lugar quero desculpar-me pela polémica e assumo total responsabilidade pela dor que causei. Esta decisão magoou muitas pessoas e eu lamento muito por dececionar tantas mulheres que me viam como um exemplo de mãe. Lamento muito pela confusão e dor que causei e por não ter sido capaz de contar mais da minha história desde o início. Nunca poderia imaginar que os incidentes que aconteceram num ambiente privado poderiam acontecer e estava a dar meu melhor para superar o momento mais difícil que já vivi”, começou por escrever, em comunicado.
“Peço desculpas por ter sido tão ingénua quando iniciei o processo de adoção, eu não fui seletiva e nem estava preparada. Recebi um dia de formação em vídeo em casa e ganhei um certificado que era exigido pela minha agência de adoção. Para mim, eu precisava de mais formação”, alegou.
Myka admite ainda que não pode dizer que gostaria que a situação “nunca tivesse acontecido” porque está “muito feliz” por a criança, o pequeno Huxley, estar a receber “toda a ajuda que precisa”. “Também sei que apesar de ele estar mais feliz e a dar-se melhor na sua nova casa, passou por um trauma e eu sinto muito pois nenhuma criança adotada deveria passar por mais traumas”, destacou. “Eu queria tanto ajudar que estava disposta a trazer para casa qualquer criança que precisasse de mim”, justificou.
A mulher nega ainda que tenham adotado a criança apenas pelo dinheiro que recebia ao partilhar conteúdos sobre a criança, bem como da sua vida familiar e questões do processo de adoção internacional, na Internet.
“Por último, eu gostaria de negar alguns boatos, nós não adotámos uma criança para ficar ricos. Apesar de termos recebido uma pequena quantia de dinheiro dos nossos vídeos com o Huxley e a sua história, cada centavo e muito mais foi investido no seu cuidado. Conseguir o tratamento e serviços que o Huxley precisava era extremamente caro e nós fizemos questão que ele tivesse todos os serviços e ajuda que pudéssemos encontrar”, rematou.