O Parlamento chumbou, esta terça-feira, as propostas do Bloco de Esquerda, PCP, Chega e de Joacine Katar Moreira para a implementação de suplementos remuneratórios a profissionais de saúde que estão na linha da frente no combate à covid-19.
A proposta do Bloco defendia a criação de um suplemento de risco "durante o período de prevenção, contenção, mitigação e tratamento de infeção epidemiológica por covid-19, de funções que representem risco acrescido para os trabalhadores" do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
A medida incluía ainda o organismo de administração direta ou indireta no ministério da Saúde. O partido queria ainda a "proteção social dos beneficiários que se encontrem impedidos, temporariamente, do exercício da sua atividade profissional por ordem da autoridade de saúde, devido a perigo de contágio pelo covid-19".
Já o PCP propunha um suplemento remuneratório de 20% correspondente ao salário para os trabalhadores que "assegurem serviços essenciais", relativamente aos dias em que prestem efetivamente atividade, "tendo em conta a exposição ao risco de contágio com covid-19 a que se submetem no exercício das suas funções".
Ambas as propostas foram chumbadas, com votos contra do PS, abstenção do PSD e CDS-PP e votos favoráveis do PAN, IL, PCP e Bloco.
Também as propostas do Chega e da deputada não inscrita Joacine Katar Moreira foram rejeitadas pelos deputados.