Embaixada britânica justifica exclusão de Portugal de corredor aéreo com “incidência elevada de casos”

Recorde-se que Portugal foi excluído da lista de 59 países e territórios de destinos turísticos que o Reino Unido vai abrir para permitir aos britânicos passarem férias sem cumprir quarentena no regresso.

A embaixada britânica em Lisboa disse, esta sexta-feira, que o governo britânico “analisou com muito cuidado” a situação antes de tomar a decisão de excluir Portugal dos “corredores de viagem internacional”.

Em comunicado, a embaixada começa por referir que “ o governo britânico compreende que essas decisões são importantes para Portugal, para o setor das viagens e do turismo em Portugal”. Contudo, “devido à incidência relativamente elevada de casos de covid-19, principalmente na região da grande Lisboa, o governo britânico decidiu continuar a desaconselhar todas as viagens que não sejam essenciais para Portugal continental”.

Ainda assim, “em reconhecimento das taxas de infeção muito mais baixas nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores, bem como o facto dessas ilhas serem acessíveis através de voos diretos do Reino Unido e terem controlos efetivos de entrada relacionados com a covid-19”, o governo britânico deixou de desaconselhar viagens para estas regiões, já a partir de sábado. No entanto,  “no que diz respeito à quarentena obrigatória de catorze dias para as pessoas que chegam ao Reino Unido, essa medida permanecerá por enquanto em vigor para todas as pessoas que chegarem ao Reino Unido vindas de Portugal (no seu todo)”.

Recorde-se que Portugal foi excluído da lista de 59 países e territórios de destinos turísticos que o Reino Unido vai abrir para permitir aos britânicos passarem férias sem cumprir quarentena no regresso, devido à pandemia.

No comunicado, a embaixada britânica diz ainda que espera que a taxa de infeção em Portugal “diminua rapidamente”, para que seja possível levantar as restrições de viagens ainda existentes.

Recorde-se que o Governo português já reagiu à decisão do Reino Unido de excluir Portugal dos “corredores de viagem internacionais”. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse que se trata de um "absurdo" e que a decisão causa “muito desapontamento”. O governante considerou "absurdo" um país com “piores indicadores em matéria de pandemia” impor quarentena aos passageiros de um país com “melhores indicadores”.

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