Bruxelas deu luz verde à comercialização do antiviral Remdesivir, que se torna assim o primeiro medicamento autorizado ao nível da União Europeia para tratamento da covid-19.
A autorização do executivo comunitário surge após uma recomendação da Agência Europeia de Medicamentos, conhecida a 25 de junho, que aprovou o recurso a este medicamento para o tratamento da covid-19 em adultos e adolescentes a partir dos 12 anos com pneumonia e que requerem oxigénio suplementar.
Já na altura, as autoridades de saúde portuguesas tinham feito saber que o medicamento em causa já estava a ser utilizado em doentes graves internados nos hospitais nacionais.
"A autorização de hoje de um primeiro medicamento para tratar a covid-19 é um importante passo em frente na luta contra este vírus. Estamos a conceder esta autorização menos de um mês após o pedido ter sido apresentado, mostrando claramente a determinação da UE em responder rapidamente sempre que novos tratamentos se tornem disponíveis. Não deixaremos pedra sobre pedra nos nossos esforços para assegurar tratamentos ou vacinas eficazes contra o coronavírus", afirmou a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides.
Recorde-se que esta semana, o Infarmed veio a público assegurar que Portugal tem stock disponível e reserva para uso imediato do medicamento Remdesivir, não se antecipando constrangimentos no seu acesso aos doentes portugueses.
"Podemos informar que existe stock disponível do medicamento Remdesivir, de acordo com as alocações que têm vindo a ser feitas ao nosso país, constituindo uma primeira reserva que garante o acesso imediato ao medicamento", lê-se no comunicado da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, divulgado esta quarta-feira.