No mês de junho foram registadas 559 insolvências, um número que representa mais 191 do que em igual período do ano passado. Os dados são da Iberinform que explica ainda que, no total do semestre, o incremento face ao mesmo período do ano passado é de 7,5% com um total de 2749 insolvências.
Lisboa e o Porto são os distritos que apresentam o valor de insolvências mais elevado, com 568 e 687 casos, respetivamente. Face a 2019, foi registado um aumento de 8,8% em Lisboa e de 7,7% no Porto.
Mas a maioria dos distritos continua a revelar um aumento de insolvências (59,1%). Entre os distritos com maiores aumentos percentuais estão Angra do Heroísmo (142,9%), Castelo Branco (69,2%), Beja (50%), Faro (44,7%), Viana do Castelo (30,6%) e Ponta Delgada (23,5%). Entre os distritos com redução nas insolvências (36,4%) destaque para Guarda, com uma redução de 37,5% face a igual período do ano passado, Horta (-25%) e Coimbra (-23,1%). Évora mantém valor idêntico a 2019 (22 insolvências).
Apenas dois setores de atividade não viram crescer o número de empresas insolventes no primeiro semestre de 2020: indústria extrativa, com um decréscimo de 42,9% face a 2019, e construção e obras públicas (-7,6%). Dos restantes setores, os maiores aumentos foram registados nas telecomunicações (33,3%), hotelaria e restauração (18,3%) e outros serviços (16,6%). O setor de eletricidade, gás e água registou variação nula (cinco insolvências).
Os dados da Iberinform mostram também que ainda que quando comparado com o ano anterior, o número de constituições seja consideravelmente menor, o nascimento de novas empresas já se começa a revelar, após uma quebra notória durante os meses de confinamento. Em junho foram criadas 2.641 novas empresas, menos 597 que no período homólogo de 2019 (-18,4%). Contudo, este valor traduz um aumento de 21,4% face a maio.