Quim Torra, presidente do governo da Catalunha, pediu aos serviços jurídicos do executivo regional para fazerem uma queixa-crime contra o rei emérito Juan Carlos e a sua ex-amante, Corinna Larsen.
Em causa está um alegado "presente" de 65 milhões de euros feito por um membro da corte saudita e uma "doação", feita por Juan Carlos, de uma fundação com sede no Panamá – chamada Lucum e alegadamente ligada a Juan Carlos – para uma conta de Corinna Larsen na Suiça, que se recusa a devolver esse dinheiro.
O presidente do governo da Catalunha vê este processo como uma oportunidade para alcançar o independentismo catalão e, em comunicado, disse que “a corrupção tem de ser perseguida independentemente de quem nela participe”.
Esta acusação poderá ainda atingir o atual rei de Espanha, Felipe VI, filho de Juan Carlos, ao incluir “todos aqueles que, de uma forma ou de outra, tenham participado, ajudado, cooperado ou encoberto as práticas corruptas” cometidas por Juan Carlos.