Todos os animais que estavam nos dois canis devastados pelas chamas este fim de semana, em Santo Tirso, já foram acolhidos. Segundo avançou esta segunda-feira a Câmara Municipal de Santo Tirso, dos 190 cães e gatos recolhidos com vida, 113 foram encaminhados para os canis municipais e para associações, e 77 animais foram acolhidos por particulares.
A todas as associações e particulares que acolheram os animais, a autarquia vai garantir a vacinação e a esterilização dos animais. Esta segunda-feira, será “feita uma vigilância em toda a área envolvente dos dois abrigos de animais, no sentido de encontrar outros animais que não tenham sido realojados”, adiantou o município.
Este fim de semana, o incêndio que deflagrou em Santo Tirso, provocou a morte a 54 animais – 52 cães e dois gatos, que estavam os dois abrigos ilegais “Cantinho das Quatro Patas” e o “Abrigo de Paredes”.
Depois do incêndio, o bastonário da Ordem dos Veterinários veio defender que deve ser feito um levantamento, a nível nacional, de todos os abrigos que existem. E, mais do que conhecer os números, Jorge Cid, alertou que é fundamental saber em que condições funcionam os centros de acolhimento de animais. Enquanto este trabalho não for feito, “situações destas vão-se repetir”, disse à Lusa o bastonário da Ordem dos Veterinários.
O assunto chegou rapidamente à esfera política, com o Bloco de Esquerda a exigir explicações ao ministro da Administração Interna e à Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV). No domingo foi criada a petição “justiça pela falta de prestação de auxílio aos animais do canil cantinho 4 patas em Santo Tirso” e, até às 14h00 desta segunda-feira, a petição já tinha reunido quase 140 mil assinaturas.