A France Football anunciou, esta segunda-feira, que não haverá atribuição da Bola de Ouro este ano. "Um ano único não pode – e não deve – ser tratado como um ano comum. Em caso de dúvida, é melhor abstermo-nos do que persistir", explica a publicação francesa, responsável pela atribvuição do prémio, que acontece desde 1956.
Os responsáveis pela revista defendem ainda que "a justiça que prevalece neste prémio não pode ser preservada, principalmente no nível estatístico e também na preparação, uma vez que todos os aspirantes ao prémio não estão no mesmo barco, alguns tendo visto a sua temporada sido cortada radicalmente outros não. Então, como é que se compara o incomparável?".
Explicando que não queriam colocar "um asterisco" na lista de prémios "no estilo de 'troféu ganhgo em circunstâncias excecionais devido à crise de saúde Covid-19', os responsáveis explicaram que preferiram uma "pequena entorse" a uma "grande cicatriz". É a primeira vez desde 1956 que a Bola de Ouro faz uma pausa. "Os parênteses não nos agradam, mas parece-nos o mais responsável e lógico. Proteger a credibilidade e legitimidade de tamanho prémio também significa garantir que seja irrepreensível ao longo do tempo", justificam, explicando que os meses de fevereiro e janeiro "é muito pouco para avaliar e julgar".
Os responsáveis explicam ainda que a atribuição deste prémio, tendo em conta as condições especiais, não seria "digno" da história deste prémio. "Não podemos confiar em épocas aleijadas, com tantos arranjos especiais, para eleger o melhor", escreveram.