A ministra da Saúde revelou, esta sexta-feira, que as verbas do programa europeu de recuperação econónima vão servir para reforçar os centros de saúde. Numa entrevista à TSF, Marta Temido explicou que os cuidados de saúde primários vão ter mais valências, especialmente na área do diagnóstico e também na capacidade de os médicos de família poderem visitar utentes em lares e noutros equipamentos semelhantes.
A responsável pela pasta da Saúde explicou ainda que a preparação do Orçamento para 2021 e do programa de recuperação económica foi iniciada nas últimas horas.
Outra das prioridades será também, segundo a ministra, a conclusão da rede de cuidados continuados, que irá implicar a construção de mais de cinco mil unidades, que serão geridas por privados ou pelo setor social, em serviços contratualizados com o Estado.
Marta Temido confessou que, apesar de haver um consenso a nível nacional quanto às necessidades de investimento no Serviço Nacional de Saúde, a negociação interna das verbas dentro do Governo não deverá ser mais fácil. "Antes pelo contrário", sublinhou a ministra, acrescentando que pode até ser "o mais difícil".
A ministra falou ainda acerca da eventual compra da vacina para a covid-19 sem, no entanto, arriscar falar em cistos para o Estado ou se esta será ou não incluída no plano nacional de vacinalção e se será gratuita.