Os sapatos de cortiça de António Costa que causaram sensação nas redes sociais e motivaram notícias sobre a promoção que o primeiro-ministro estaria a fazer do calçado produzido em Portugal, afinal, tem uma explicação simples e chama-se erisipela.
Com efeito, o SOL apurou que o primeiro-ministro foi diagnosticado com aquela infeção – uma bactéria oportunista que provoca lesões e irritação cutenânea nos membros inferiores – que provoca dores e grande incómodo.
Em plenas negociações a 27 para a aprovação do plano de recuperação da União Europeia pós-pandemia de covid-19, a solução encontrada foi o recurso a sapatos largos que permitissem o maior conforto possível – e daí a opção pelos sapatos de cortiça encomendados propositadamente à fábrica de Guimarães.
Ou seja, a publicidade do primeiro-ministro ao calçado português acabou por resultar de uma necessidade. E os sapatos de António Costa fizeram sucesso especialmente durante a visita do primeiro-ministro português à Holanda, para o encontro com o seu homólogo dos Países Baixos, o mais feroz opositor à proposta franco-germânica e da Comissão Europeia.
O SOL também apurou que o chefe do Governo está praticamente recuperado da infeção que o atormentou durante a própria cimeira europeia (obrigando-o a descansar com a perna suspensa), mas apesar de já ter voltado a usar sapatos sem ser de cortiça, ainda usa um número acima do que é seu hábito.