Os testemunhos que surgem na imprensa sobre a morte do actor Bruno Candré (um português oriundo de Cabo Verde, radicado em Moscavide), bem como a família, apontam para um crime racista. E a imprensa em geral disso dá nota. Fácil de perceber, com o racismo que por aí grassa, embora seja difícil entendermos que se chegue ao ponto do assassínio, com vários tiros.
Contrariando os testemunhos que aparecem, a PSP invoca outros testemunhos, estes mais secretos (porque não os conhecemos), para garantir que não se tratou de racismo. E Ventura, o tal mariquita da coelhinha, que tão racista é contra os ciganos, garante que no resto não somos um povo racista (ele lá saberá porquê, não é a experiência que tenho, pelas pessoas que conheço), e assegura também que este não foi um crime fascista. Poderá ser que ganhe alguma coisa com isso, no seu nicho eleitoral.
Gostaria de saber em que ficamos. Uma coisa são os testemunhos conhecidos. Quanto ao líder do Chega, ou do Basta, não acredito muito. Mas a PSP tem obrigação de só falar oficialmente com conhecimento de causa. Portanto deve ter elementos sérios, divulgáveis, e não se ficar por testemunhos secretos.