O ex-secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, e o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Carlos Mourato Nunes, foram constituídos arguidos, juntamente com outras 16 pessoas, no processo sobre alegada corrupção no negócio das golas antifumo.
À agência Lusa a Procuradoria-Geral da República confirmou, esta quinta-feira, que houve novos desenvolvimentos na investigação, que levaram às dez buscas realizadas esta quarta-feira. Alegando que o processo está em segredo de justiça, a mesma fonte não adiantou quando é que as 18 pessoas foram constituídas arguidas.
Esta quarta-feira, uma nota emitida pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) dava conta das quatro buscas domiciliárias e seis não domiciliárias, que decorreram em diversos locais do país, e que estavam relacionadas com o inquérito "que investiga factos suscetíveis de integrarem fraude na obtenção de subsídio, corrupção passiva, participação económica em negócio ou abuso de poderes e branqueamento de capitais".
"Em causa estão práticas levadas a cabo no contexto de uma operação cofinanciada pelo Fundo de Coesão da União Europeia e pelo Orçamento do Estado, de que é beneficiária a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e que envolve a Secretaria de Estado da Proteção Civil", pode ler-se na nota.