Depois de ter tirado uma fotografia com o líder do Chega, após um espetáculo musical no comício do partido, em Leiria, o cantor Olavo Bilac quis defender-se das acusações de que foi alvo nas redes sociais, explicando que não tem qualquer tipo de relação política ou afetiva com o partido. Diogo Piçarra foi uma das muitas pessoas que decidiram criticar a atitude do colega de profissão.
“Há coisas que o dinheiro simplesmente não compra, nem que estejas a passar dificuldades, e uma delas é a integridade”, escreveu Diogo Piçarra no Twitter.
“Não me interpretes mal Olavo, podes apoiar ou seguir quem tu quiseres, não peças é desculpa por isso. É ainda mais falta de caráter”, acrescentou. "Na vida, às vezes ganhas mais em dizer que não, do que ser Olavo", escreveu ainda.
De realçar que, depois de muitos utilizadores criticarem Olavo Bilac, acusando-o de ser apoiante do Chega, o cantor pediu desculpa e demarcou-se do partido de André Ventura. Em reação ao i, Ventura considerou que o cantor cedeu a pressões e falou mesmo em falta de “coragem”. “Estava enganado. Pensei que o Olavo Bilac tinha coragem, mas afinal não. Cedeu às pressões da indústria musical e do politicamente correto que envolve todos os outros setores de atividade. Um artista que se diz livre não despreza o público para o qual atuou e que o aplaudiu. Para nós, nada de novo, já sabemos que temos de lutar contra todos os tentáculos do sistema instalado”, começou por sublinhar, esperando ainda que esta situação não afete a relação do mundo da música com o partido. “Esperemos que os artistas não comecem a ser pressionados ou a ter medo de atuar em eventos do Chega”, atirou.
Apesar das críticas, também houve quem saísse em defesa de Olav Bilac, como foi o caso de Manuel Luís Goucha: “Uma pergunta, que estou de férias e posso ter perdido alguma coisa: já não vivemos em Democracia?”, questionou o apresentador nas redes sociais.