A claque do FC Porto Super Dragões anunciou, esta sexta-feira, que vai solicitar uma audiência à Direção-Geral da Saúde (DGS) para discutir o regresso dos adeptos aos estádios, considerando que as autoridades portuguesas tratam"o desporto rei como o parente pobre da sociedade”.
“Sem surpresa, ficou ontem confirmada a realização da Festa do Avante no próximo mês de setembro, evento que habitualmente reúne dezenas de milhares de pessoas ao longo de três dias consecutivos. Num país onde as touradas se realizam na presença dos seus aficionados, onde os eventos religiosos ocorrem na presença dos seus crentes, onde ainda na semana passada vimos um jantar de um partido com grandes aglomerados de militantes em volta do seu líder, onde há parques aquáticos que se enchem com os seus amantes”, começa por referir a claque portista em comunicado.
“Num país onde acontece tudo isto e muito mais, apenas o futebol continua à porta fechada, sem a emoção dos seus apaixonados adeptos. Os níveis de hipocrisia estão a atingir patamares impensáveis, tratando o desporto rei como o parente pobre da sociedade, e os seus adeptos como os únicos que não se sabem comportar”, acrescenta a mesma nota.
Para os Super Dragões, o facto de os jogos continuarem a decorrer à porta fechada representa uma “verdadeira discriminação”.
“Iremos solicitar uma audiência à Direção-Geral de Saúde para que possamos fazer parte da solução e nunca do problema. Queremos contribuir ativamente na construção de um plano que permita o regresso dos adeptos aos estádios, através das medidas que se entendam adequadas para o efeito”, anuncia a claque.
Os Super Dragões terminam elogiando a posição de Pinto da Costa e de Pedro Proença sobre o assunto e lançam uma farpa a Luís Filipe Vieira.
“Não podemos aceitar que apenas por cobardia não se dê este passo, mesmo perante as repetidas intervenções de responsáveis do futebol português, onde se destacam o nosso presidente Jorge Nuno Pinto da Costa que tem estado na primeira linha da indignação perante o atual estado de coisas, e o Dr. Pedro Proença, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional. Estranhamento, ou não, apenas o presidente do SL Benfica continua em silêncio profundo sobre esta matéria, quiçá com receio de que o regresso dos adeptos signifique aumento da contestação à sua liderança”, lê-se.
“Não abdicaremos desta luta. Não o faremos por nós e não o faremos pelos milhões que anseiam regressar aos diferentes estádios onde são felizes”, rematam.