O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Pedro Proença, exigiu, esta sexta-feira, que o Governo e as autoridades de saúde portuguesas voltem a permitir público nos estádios de futebol pois, tal como os músicos, os “artistas” do futebol “não vivem sem o calor do seu público, sem o som dos seus aplausos ou o pulsar das suas paixões”.
O discurso do responsável pela Liga, proferido na abertura da conferência ‘Talks Santander/Record’, em Lisboa, teve como mensagem principal o apelo para que seja permitido o regresso dos adeptos aos jogos. Proença sublinhou que o futebol não deve passar por um “processo discriminatório” em relação a outros setores de atividade. "Temos vindo a assistir à reabertura progressiva do país, que não podia mais adiar a retoma económica. Aos restaurantes e hotéis seguiram-se os espetáculos culturais, as touradas, os concertos, as feiras, os festivais e, agora, até eventos desportivos de automobilismo e motociclismo com elevada afluência de público. O nosso aplauso à forma como o governo vai conduzindo o regresso à normalidade e que não pode ser agora interrompida por uma mudança abrupta de critérios quando se fala do futebol”, atirou.
O presidente da Liga sublinhou ainda que o futebol “jamais colocará os seus interesses à frente dos da saúde pública” e que a Liga não negligencia "os receios de quem alerta para os perigos de contágio", no entanto pedem uma "reflexão e reconhecimento para uma atividade que já deu provas da forma precavida, planeada e responsável com que encara os desafios que esta pandemia nos tem suscitado”, sustentou.
Nesse sentido, o líder do organismo que tutela o futebol profissional reiterou que a Liga já apresentou ao Governo e à Direção-Geral da Saúde (DGS) uma proposta para o regresso dos adeptos aos estádios “de forma gradual”. "Em cumprimento dos planos de contingência específicos para cada infraestrutura e onde serão assegurados circuitos de segurança próprios e outros requisitos para que o acesso e permanência se possa efetuar de forma convergente, com regras e com rigor”, explicou Pedro Proença.