No primeiro semestre de 2020, a produção global de seguro direto relativa à atividade em Portugal diminuiu cerca de 27,5%, face ao semestre homólogo de 2019. Os números foram avançados pela ASF e indicam que esta evolução reflete um comportamento distinto dos diferentes ramos: o ramo vida apresenta um decréscimo de 50%, enquanto os ramos Não Vida apresentam uma evolução positiva, com um crescimento de 4,8% no mesmo período.
Em junho de 2020, o valor das carteiras de investimento das empresas de seguros sob supervisão prudencial da ASF totalizou cerca de 51 mil milhões de euros, representando um decréscimo de 3,7% face ao final do ano anterior. No mesmo período, as provisões técnicas, cujo valor foi de 45,3 mil milhões de euros, apresentaram uma diminuição de 2,5%, face ao final de 2019.
O rácio de cobertura do Requisito de Capital de Solvência (SCR) – medida do montante de fundos próprios necessários para a absorção das perdas resultantes de um evento de elevada adversidade (VaR 99,5%, um ano) e que resulta da agregação das cargas de capital relativas aos vários riscos a que as empresas de seguros se encontram expostas – foi de 165%, refletindo um decréscimo de 13 pontos percentuais, face ao final de 2019. No mesmo sentido, o rácio de cobertura do Requisito de Capital Mínimo (MCR) – nível mínimo de fundos próprios abaixo do qual se considera que os tomadores de seguros, segurados e beneficiários ficam expostos a um grau de risco inaceitável – foi de 462%, refletindo um decréscimo de 33 pontos percentuais, face ao final do ano anterior.