A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou, esta segunda-feira, que os casos de reinfeções do novo coronavírus “representam um número muito, muito baixo”.
" De vez em quando, recebemos relatos anedóticos de pessoas que fizeram o teste com resultado negativo e depois positivo, mas não ficou claro até agora se isso é um problema com o teste em si ou se houve pessoas que realmente foram infetadas pela segunda vez", disse Margaret Harris, porta-voz da OMS.
As declarações são feitas um dia depois de Hong Kong ter anunciado o primeiro casos de reinfeção, um homem que já tinha tido covid-19 em abril, tendo sido, entretanto, considerado como curado.
"Estamos perante um caso documentado entre mais de 23 milhões de casos confirmados", lembrou a porta-voz esta segunda-feira, no mesmo dia em os Países Baixos e a Bélgica anunciaram que tinham tido também pelo menos um caso de reinfeção.
De acordo com Margaret Harris, outros casos de reinfeção poderão surgir, porém, "não parece ser uma ocorrência comum".
A OMS recebe diariamente informações sobre a situação atual da covid-19 de todos os países, entre as quais informações relacionadas com imunidade que um paciente gera após ter superado a doença.
"Precisamos de entender o que isso significa em termos de imunidade e por isso há muitos grupos que estão seguindo as pessoas, medindo seus anticorpos e tentando perceber quanto tempo dura a proteção natural", explicou, acrescentando que esta imunidade é diferente da produzida pelas vacinas, que provocam um estímulo imunológico muito preciso, "mais potente e que dezenas de empresas farmacêuticas e de biotecnologia estão a tentar recriar em seus laboratórios para encontrar uma vacina contra o novo coronavírus".