Uma paciente transportou o novo coronavírus durante cinco meses, segundo os resultados de um estudo divulgado, esta terça-feira, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Segundo o estudo, a que o jornal o Globo teve acesso, a paciente, que é brasileira, não teve reincidência, mas permaneceu com o vírus durante 152 dias, tornando-se a pessoa que, comprovadamente, permaneceu com o patogéneo ativo e passível de transmissão durante mais tempo.
O mesmo estudo, citado pela publicação brasileira, sustentou que as pessoas assintomáticas são “os pilares da disseminação” do vírus.
A paciente, uma profissional de saúde no Rio de Janeiro apresentou, em março, sintomas leves associados à covid-19 e permaneceu em quarentena domiciliar para orientação médica.
A investigação inclui testes de diagnóstico molecular a 3 mil pessoas, em que a maioria são profissionais de saúde, que nunca mais tiveram sintomas da doença, mas continuaram a transportar o vírus ativo durante vários dias.
Os responsáveis descobriram que em 40% dos casos após os catorze dias de quarentena, recomendados pelas autoridades de saúde em todo o mundo, os pacientes podem podem continuar a testar positivo para a covid-19, mas apesar da presença no corpo, o vírus não tem capacidade de transmissão.