A Residências Montepio considerou, esta terça-feira, que, apesar de “tudo ter feito” para evitar a propagação do novo coronavírus, “não foi possível” evitar o contágio numa das suas instalações, no Porto, que resultou na morte de 16 residentes,
O comunicado surge depois de o jornal Público ter avançado a notícia de que os 16 óbitos ocorreram num universo de 48 infetados, dos quais 29 são utentes e 19 funcionários da instituição.
Apesar de a publicação considerar que taxa de letalidade, correspondente a 55%, é “elevada”, a empresa contraria percentagem, defendendo que a taxa de letalidade no lar do Porto se situa nos 22%, “percentagem considerada baixa, atendendo à média de idades dos residentes – 90 anos".
A instituição garante ainda ter enviado informações atualizadas sobre a situação epidemiológica à direção clínica do Centro Hospitalar do Porto e à Unidade de Saúde do Porto.
Segundo a nota, sete dos colaboradores já se encontram recuperados da covid-19 e seis retomaram funções.
"Todas as medidas de prevenção por contágio estão a ser continuamente implementadas e reforçadas na Residência Montepio Porto Breiner, assim como nas demais unidades residenciais", conclui.
Recorde-se que a publicação considerou que "o secretismo à volta deste surto, que foi detetado no início de agosto, é grande".
À margem da apresentação da app StayAway Covid, o presidente da ARS-Note, Carlos Nunes, recusou-se a prestar declarações acerca do assunto.