Governo volta a pedir que sementes sejam entregues às entidades competentes: “Não abram, não semeiem e não coloquem no lixo”

“Chegam às caixas de correio das pessoas umas embalagens que não dizem que são sementes, algumas falam em bijuterias”, alerta ministra da Agricultura.

Depois de o Ministério da Agricultura alertar para o envio, por via postal, de pacotes de sementes provenientes de países asiáticos, que não foram solicitados, a ministra da tutela, Maria do Céu Antunes, voltou a apelar que as embalagens sejam entregues às entidades competentes, de forma a proteger "culturas e cidadãos".

"Pedimos que as entreguem nas direções regionais de Agricultura e Pescas ou que as enviem para as delegações da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária", disse a ministra aos jornalistas, durante uma visita aos trabalhos de vindima que decorrem na Quinta do Pessegueiro, no concelho de São João da Pesqueira.

Maria do Céu Antunes pediu ainda às que pessoas que "não abram, não semeiem e não coloquem no lixo" as sementes, "porque podem estar contaminadas e podem vir a trazer situações graves" como a da pandemia da covid-19.

A governante lembrou esta "não é uma situação que seja exclusiva" do país, tendo-se verificando também nos Estados Unidos e noutros países da Europa.

"Chegam às caixas de correio das pessoas umas embalagens que não dizem que são sementes, algumas falam em bijuterias", alertou.

Recorde-se que o Ministério da Agricultura referiu que, além das sementes, de várias espécies, as embalagens, cujo conteúdo não aparece especificado, podem ainda conter solo, larvas mortas ou estruturas de fungos. As embalagens também não são acompanhadas por um certificado fitossanitário que ateste as exigências do país, acarretando desta forma "sérios riscos do ponto de vista da sanidade vegetal, pela possibilidade de veicularem pragas e doenças ou ainda pelo perigo de se tratarem de espécies nocivas ou invasoras".

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