Ana Gomes vai anunciar em breve se avança com uma candidatura à Presidência da República. A ex-eurodeputada socialista tem sido desafiada a candidatar-se contra Marcelo Rebelo de Sousa e nas próximas semanas porá fim ao tabu.
O anúncio foi feito pela própria no seu programa de comentário político, na SIC-Notícias. Garantiu que essa reflexão está "a chegar ao fim" e voltou a criticar a posição de António Costa em relação às eleições presidenciais. A socialista considera estranho que o secretário-geral do PS tenha assumido, em entrevista ao Expresso, que "os membros do Governo devem ter em relação às presidenciais um particular dever de reserva, tendo em conta aquilo que é a relação que o Governo deve manter com o próximo Presidente, com quem terá de conviver muito tempo".
O recado era dirigido para o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, que, ao contrário de muitos socialistas, rejeita alinhar no apoio a Marcelo. Pedro Nuno Santos disse, em julho, que não apoiará um candidato de direita. "Ou apoio um candidato da área do PS, ou, não havendo um candidato da área do PS, votarei num dos candidatos da esquerda, nomeadamente no candidato ou candidata do BE, ou no candidato ou candidata do PCP", garantiu numa entrevista à televisão pública.
Ao contrário do que António Costa pretende que aconteça nas próximas presidenciais, nas últimas eleições foram vários os ministros que se envolveram na campanha eleitoral.
O PS decidiu dar liberdade de voto aos militantes, que se dividiram entre Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém. O ainda ministro Augusto Santos Silva e os então também ministros Capoulas Santos e Vieira da Silva entraram na campanha do ex-reitor da Universidade de Lisboa, há cinco anos.