Foi confirmada uma condição médica numa voluntária nos ensaios clínicos da vacina desenvolvida em conjunto pela farmacêutica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford., o que levou à suspensão dos testes até que seja avaliado o diagnóstico.
O diretor executivo da AstraZeneca adiantou, Pascal Soriot, afirmou em declarações à agência Reuters, que o diagnóstico da voluntária, que manifestou sintomas de "sintomas associados a uma rara inflamação na medula espinal", vai ser avaliado por um comité independente para apurar se a condição é de facto um efeito secundário da vacina ou se se trata de uma coincidência.
O responsável disse ainda que até ao fim do ano será possível saber se a vacina em desenvolvimento é de facto eficaz contra a covid-19, desde que os ensaios clínicos retomem brevemente.
Pascal Soriot fez também questão de sublinhar que é muito normal a suspensão de testes durante o desenvolvimento de vacinas.
"É muito comum, na verdade, e muitos especialistas também o dirão (…) Páram, estudam, recomeçam", explicou.
As declarações da cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde Soumya Swaminathan foram no mesmo sentido. A segurança de uma potencial vacina para a covid-19 vem "em primeiro lugar", sublinhou. "Só porque falamos sobre rapidez [no desenvolvimento da vacina] … isso não significa que vamos comprometer [a segurança] ou fazer atalhos", acrescentou.