A Associação Nacional de Restaurantes PRO.VAR divulgou um comunicado onde apela ao Governo para que sejam eliminadas o que considera ser “medidas cegas, que prejudicam milhares de empresas do setor da restauração, aprovadas nesta última resolução de Conselho de Ministros de 11 de Setembro, no âmbito do estado de contingência”.
No comunicado, a PRO.VAR deixa críticas ao facto de as medidas “restringirem a atividade económica ao invés de criar estímulos ao consumo em condições de maior rigor e segurança”.
“Algumas das medidas aprovadas não fazem sentido e são por isso alvo de fortes críticas e protestos dos empresários deste setor, a Associação solicitou uma reunião com caráter urgente ao Ministério da Economia, para ajudar o Governo a encontrar uma solução imediata e responsável”, refere a nota.
A PRO.VAR diz não compreender “como podem proibir a venda de bebidas alcoólicas após as 20h00 a estabelecimentos que se encontrem em food Court’s, com a permanência constante de seguranças e empregadas de limpeza dedicadas em exclusivo ao garante do controlo e higiene desses espaços”. “Ademais existem nesses espaços, modelos de negócio criados para funcionarem exclusivamente com bebidas alcoólicas, como por exemplo, venda de monoprodutos como, vinhos, cervejas ou cocktails e funcionam de forma agregada a outras estabelecimentos que se encontram no mesmo espaço”, acrescenta.
A associação considera que esta limitação “é letal para esses estabelecimentos pois a partir das 20h00 a faturação de todos estes estabelecimentos passam para zero euros, com a agravante de que nesse período de horário a faturação tem um peso superior a 60% do volume total do dia”.
Outro dos protestos vai para as limitações no número de quatro pessoas por mesa para os estabelecimentos de restauração juntos às escolas, localizadas a menos de 300 metros e para os centros comerciais. A PRO.VAR refere que em ambas as situações “os espaços visados são espaços com regras e controlados pelos estabelecimentos de restauração e centros comerciais”. A associação afirma que “compreende a preocupação do Governo pois estamos no início de uma segunda vaga da covid-19 e não podemos voltar a encerrar os estabelecimentos”, mas refere que as medidas devem ser “mais aprofundadas e adaptadas às diferentes tipologias de negócio”.
Para responder a este novo desafio, a PRO.VAR defende que seja criado um novo selo Clean & Safe 2.0, com medidas adicionais com o objetivo de reduzir ainda mais as probabilidades de contágio, aumentando o controlo e higienização dos estabelecimentos de restauração. A associação sugere que todos os estabelecimentos que passassem a possuir o selo selo Clean & Safe 2.0 fossem automaticamente excluídos das restrições de número de pessoas e de venda de álcool.