A taxa de poupança das famílias aumentou para 10,6% no segundo trimestre deste ano, refletindo sobretudo a redução do consumo privado resultado da pandemia de covid-19, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com as Contas Nacionais Trimestrais por setor institucional divulgadas pelo INE, a taxa de poupança das famílias aumentou em 3,1 pontos percentuais para 10,6% do rendimento disponível, em consequência da diminuição da despesa de consumo que mais do que compensou a redução de 0,4% do Rendimento Disponível Bruto das famílias.
Esta redução foi determinada pela diminuição de 0,6% das remunerações e de 1,1% do excedente bruto de exploração.
Segundo o INE, considerando valores trimestrais efetivos e não valores anuais, a taxa de poupança das famílias aumentou 12 pontos percentuais no segundo trimestre de 2020 face a igual trimestre do ano anterior, refletindo sobretudo a redução do consumo privado, designadamente do consumo privado de bens duradouros.
A capacidade de financiamento das famílias, por sua vez, situou-se em 4% do PIB no ano acabado no segundo trimestre de 2020, mais 2,2 pontos percentuais do que no trimestre anterior, em consequência “da forte redução da despesa de consumo final (taxa de variação de -3,7% no ano acabado no segundo trimestre de 2020)”.
O INE divulgou também esta quarta-feira que a taxa de poupança das famílias em 2019 foi de 7,2% do rendimento disponível, mais 0,2 pontos percentuais do que em 2018 e uma revisão em alta face ao valor divulgado em março.