Dois polícias ficaram feridos, esta quarta-feira à noite, em Louisville, no estado norte-americano do Kentucky, depois de serem alvejados durante protestos contra a decisão das autoridades de não acusarem três agentes envolvidos na morte da jovem afro-americana Breonna Taylor, uma profissional de saúde baleada várias vezes pela polícia em março, durante buscas ao seu apartamento.
As autoridades revelaram que os agentes foram alvejados por volta das 20h30 de quarta-feira (01:30 de quinta-feira em Lisboa). Ambos foram transportados para o hospital, encontrando-se fora de perigo.
O incidente ocorreu pouco tempo antes do recolher obrigatório decretado para conter os protestos já esperados.
"Rezo pelos dois agentes que foram alvejados esta noite em Louisville, Kentucky. O Governo federal está pronto a ajudar", escreveu Trump no Twitter, acrescentando que falou com o governador Andy Beshear.
Centenas de pessoas juntaram-se em protesto depois de um grande júri do estado norte-americano do Kentucky decidir, esta quarta-feira, não acusar a polícia de Louisville pela morte da afro-americana. Um protesto que já se fazia esperar antes de ser conhecida a decisão, depois de a Procuradoria anunciar que não estava a dar seguimento ao caso como homicídio.
Os procuradores disseram que os agentes que dispararam contra a jovem de 26 anos agiram em legítima defesa.
Breonna Taylor foi baleada várias vezes por polícias que entraram em sua casa, com um mandado de busca, no âmbito de uma investigação de tráfico de droga, a 13 de março. O namorado de Taylor, Kenneth Walker, disparou quando a polícia entrou em casa, atingindo um dos agentes. O homem chegou a ser acusado de tentativa de homicídio, mas a acusação foi retirada.
A pedido da mãe de Taylor, e num ano em que têm ocorrido várias manifestações contra a violência policial nos Estados Unidos, as autoridades abriram um processo contra os três polícias.