Genebra anunciou, esta quarta-feira, que o salário mínimo naquele cantão será de 4.086 francos suíços, 3.783 euros.
A subida foi aprovada após 58% dos eleitores terem votado a favor da medida num referendo realizado no domingo.
A proposta tinha sido rejeitada por duas vezes, em 2011 e 2014, mas relatos sobre o crescimento da pobreza na cidade, uma das mais caras do mundo, devido à crise provocada pela covid-19 terá levado os eleitores a alterarem o sentido de voto.
O valor está a ser avançado pelos media suíços como o mais elevado do mundo e deverá entrar em vigor a 17 de outubro.
Assim, o valor mínimo por uma hora de trabalho será de 23 francos suíços, 21,3 euros. Por ano, cada trabalhador irá receber no mínimo 49 mil francos, 45.4 mil euros.
Michel Charrat, presidente da organização humanitária Groupement transfrontalier européen, considera que o resultado do referendo é um “marco de solidariedade”.
“A pandemia mostrou que certas secções da população suíça não conseguem viver em Genebra. 4 mil francos (3. 702 euros) é o mínimo para que essas pessoas não caiam abaixo do limiar da pobreza”, afirmou o responsável, em declarações ao Guardian.
De acordo com as contas da imprensa suíça, a medida irá beneficiar cerca de 30 mil trabalhadores, dos quais dois terços são mulheres.
Sublinhe-se que o valor do salário mínimo na Suíça não é definido a nível nacional, mas pelas autoridades representativas de cada um dos 26 cantões do país.