É com enorme alegria e satisfação cívica que vemos que o Ministro Santos Silva seguiu o nosso conselho: fez, nos últimos dias, uma introspeção e concluiu, com acerto, o erro patético e monumental que cometera com os seus comentários despropositados à entrevista do Embaixador dos EUA, George Glass.
De facto, o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal – embora atue vezes demais como representante do Comité Central do Partido Comunista Chinês em Portugal – afirmou que o episódio já foi totalmente ultrapassado e que as relações entre Portugal e os EUA estão excelentes, quase intimistas, como é próprio dos Aliados.
Saudamos o reconhecimento do erro – imputável a todo o Governo – que cometera pelo Ministro Santos Silva ; é preciso coragem para se assumir que se fez asneira da grossa e agendar duas entrevistas, em catadupa, para a retificar. Da mesma forma que criticámos a atitude patética do Ministro e do Governo no fim de semana, elogiamos hoje a entrevista ponderada, sensata e inteligente de Santos Silva.
No entanto, cumpre desfazer um equívoco que parece pulular na cabeça do Ministro, porventura de todo o Governo, dos jornalistas e comentadores – veja-se a jornalista do “Público” (se não estamos em erro…se sim, nunca terá a gravidade do erro do Ministro Santos Silva e do Governo na sua submissão ao Partido Comunista Chinês) que questionou o que os EUA fizeram para…se redimirem. Para se redimirem!
Ora, nesta situação, quem tem que prestar esclarecimentos é o Governo Português – não os EUA.
Quem participou e apoiou ativamente uma operação de contrainteligência, dando a sua cara e a autoridade das suas declarações públicas, orquestrada pelas autoridades chinesas – foi o Ministro dos Negócios Estrangeiros português, em articulação com o “Expresso” (mais conhecido hoje como o “Expresso China Weekly”).
Isto representa uma violação das mais elementares regras diplomáticas que devem reger a relação entre dois Estados aliados, que têm relações quase intimistas, como descreveu o Ministro.
Quem se manifestou contra a reeleição do Presidente Donald J. Trump, em pleno decurso da campanha eleitoral nos EUA, foi o Primeiro-Ministro português António Costa – o que consubstancia uma clara e incontrovertida “ingerência nos assuntos internos de país estrangeiro”, como qualificou a dita jornalista.
Donde, quem teria que pedir desculpa, seguindo a doutrina dos nossos sempre geniais comentadores e jornalistas, seria o…Primeiro-Ministro português. Seguindo os ensinamentos de Seixas da Costa, estaríamos perante um homicídio político-diplomático na forma tentada – do qual o Governo português ter-se-ia de…redimir.
Não admira que Barack Obama e seus amigos democratas sejam tão populares na Europa, incluindo Portugal – é que, no fundo, esta gente só admite que os EUA andem a pedir desculpa a todos e por tudo.
O Presidente Obama – o Mr. Sorry Guy – encaixa na perfeição ao sonho que a Europa tem do Presidente dos EUA: fraco e resumindo a sua política diplomática a explicações desculpantes da história norte-americana. A política do perdão de Obama foi substituída pela política da ação do Presidente Trump. E, no segundo mandato, as mudanças serão ainda mais notórias…
Então estes jornalistas e comentadores devem ter-se habituado a ver os EUA a pedir desculpa a toda a hora…Estão mal habituados, portanto.
Evidentemente, o Embaixador George Glass não pediu, nem pedirá desculpa – caso contrário, seria um Embaixador fraco.
Seria quase tão fraco quanto o Presidente Obama – ora, o Embaixador Glass é um diplomata resiliente e forte como um rochedo, que tem uma dedicação inquebrantável com o interesse dos EUA e do mundo livre. Por muito que coloquem o Marques Mendes, uma série de jornalistas e outros comentadores a exigir um “pedido de desculpa” do Embaixador dos EUA, alinhando-se objetivamente com os interesses do regime bárbaro e criminoso do Partido Comunista Chinês…the Glass will never be broken!
Quem tem de pedir desculpas, isso sim, é o Governo português…ao povo português.
Este Governo – em abono da verdade: não é só o PS, infelizmente, este problema expande-se para outras fronteiras partidárias – tem sido de uma submissão atroz ao Partido Comunista Chinês, escondendo dos portugueses os Acordos que firmou com o regime totalitário- imperialista comunista chinês…
Acordos, esses, que estão enfraquecendo o país, permitindo que uma potência estrangeira, inimiga do nosso modelo de sociedade, atue verdadeiramente como um suserano de Portugal.
Enquanto esta elite política vai enchendo as suas contas bancárias com milhões vindos de Pequim – nós vamos ficando, cada vez mais irreversivelmente, nas mãos da maior ameaça existencial que surgiu desde a vitória que infligimos aos tenebrosos nazis.
A China comunista aprendeu bem com os erros da União Soviética – ajustando a sua política imperialista em conformidade.
Por exemplo: a China comunista-imperialista percebeu que não vale a pena ter alianças apenas com partidos políticos ou apenas com o poder político formal; o que releva, isso sim, é ter na mão aqueles que têm poder.
A operação de infiltração do Partido Comunista Chinês em todos os centros de decisão do Ocidente é absolutamente impressionante…Portugal foi um bom teste laboratorial para o Partido Comunista Chinês…
O Governo de Portugal é que terá de pedir desculpa – ou, pelo menos, explicar – ao Povo Português o envolvimento da China comunista-imperialista em operações como a TAP (por exemplo, se o Partido Comunista Chinês teve, tem ou terá alguma intervenção…) ou o que virá aí relativamente à EFACEC…
Será mais uma conquista chinesa em Portugal? O Governo – com a convergência de interesses de outros sectores não socialistas – bem quer…
Ou explicar aos portugueses o que são, afinal, certas entidades financeiras, com sede em Lisboa, detidas por empresas do Partido Comunista Chinês – e que contam, segundo nos contou alguém com forte espiritualidade quase como o Professor Karamba, com “espiões adormecidos”, que já exerceram elevadas responsabilidades nos serviços secretos chineses, nos seus órgãos sociais…
Sim, o Governo Português (talvez não só este…) tem de pedir desculpas aos portugueses pela alienação deste país, que quer ser livre, ao regime bárbaro do Partido Comunista Chinês.
É tempo de os portugueses acordarem para o problema da dominação pelo regime comunista chinês que nos deitou ao chão com esta pandemia miserável…Mais tarde, poderá ser tarde demais.
Veremos se as palavras do Ministro Santos Silva sobre a aliança amiga, sincera, quase intimista (sic) com os EUA se traduzirão em ações concretas – ou se foi apenas mais uma encenação (metendo uma empresa japonesa ao barulho) para ficar tudo na mesma, que o mesmo é dizer, para continuar o forrobodó das negociatas com o Partido Comunista Chinês, premiando-o pelas mortes e pelo sofrimento social que nos está infligindo.