Uma diretora técnica do Lar do Comércio, em Matosinhos, onde morreram 24 pessoas devido à covid-19, foi constituída arguida pelo Ministério Público (MP), avança a agência Lusa.
De acordo com a agência noticiosa, que cita fonte do lar, a própria instituição não foi constituída arguida no inquérito criminal em curso no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Matosinhos, mas admitiu que dirigentes do Lar venham a ser ouvidos pelo procurador.
Recorde-se que o Lar do Comércio, em Matosinhos, chegou a ser descontaminado pelo Exército Português. A instituição teve mais de 100 infetados e 24 acabaram por morrer. Face ao sucedido, o MP instaurou um inquérito à situação no lar e um familiar de uma utente que morreu por covid-19 apresentou queixa por alegada prática de vários crimes e pediu a suspensão de funções dos órgãos sociais.
Também em maio, a presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, disse que a atuação da direção do lar foi negligente e que tinha participado ao MP as situações conhecidas pela autarquia.
Fonte do lar foi ainda contactada pela agência Lusa, depois de o Porto Canal ter avançado que o funcionário da instituição que denunciou as matérias em investigação foi alvo de um processo disciplinar e despedido, mas a mesma fonte recusou-se a comentar o assunto.