Os hospitais Beatriz Ângelo, em Loures, e Fernando Fonseca, na Amadora, "estão com uma pressão muito grande". A declaração foi feita, esta quinta-feira, pelo presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ASLVT), Luís Pisco, à agência Lusa.
Em declarações à agência noticiosa, Luís Pico falou concretamento do caso do hospital Beatriz Ângelo e explicou que este "está numa zona onde os números de covid são muito grandes". A unidade hospitalar tem estado a receber "mais de 140 doentes por dia" só na área dedicada a casos de contágio.
No que diz respeito ao número de novos casos, o responsável acredita que possa haver ainda "dias mais complicados" na próxima semana. Assim, Luís Pisco prevê que a ARSLVT tenha a funcionar uma "coordenação centralizada dos casos para internamento e cuidados intensivos", de forma a distribui-los pelas unidades com camas disponíveis, de forma a que nenhuma fique sobrecarregada.
O presidente da ARSLVT diz que, no caso do Beatriz Ângelo, e de outros hospitais da região, "sempre que é necessário têm sido encaminhados doentes" para outras unidades de retaguarda.
"As urgências não fecham, embora possam estar com mais dificuldades em cuidados intensivos e internamento, porque há muito mais do que covid", disse, admitindo que "não há tantas camas para covid como já chegou a haver em abril porque os hospitais estão a tentar manter a atividade programada", diferentemente do que aconteceu anteriormente.