O Governo voltou a não apresentar proposta de aumentos salariais para a função pública, na segunda e última reunião com os sindicatos, esta sexta-feira, passando a mensagem de que esse caminho "será difícil", adiantou a Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap).
"O que o Governo nos disse é que há uma situação económica muito difícil", disse secretário-geral da Fesap, José Abraão aos jornalistas, no final da reunião com o secretário de Estado da Administração Pública, José Couto, no Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública.
Apesar de o Executivo ter sinalizado que "era difícil fazer esse caminho", o dirigente sindical afirmou que mantém "vivas as expectativas" e que irá apelar no Parlamento – até à votação final global do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) – para que os aumentos salariais sejam incluídos.
"O Orçamento do Estado passará pelo Parlamento e haveremos lá ir e queremos acreditar que as forças partidárias que viabilizarem o orçamento não deixem cair a valorização dos salários e das carreiras na administração pública", afirmou José Abraão.
O dirigente sindical afirmou ainda que ficou a garantia de que o Governo "vai aumentar o salário mínimo nacional", mas não disse em quanto.