Opinião. Portugal quer proteger o Partido Comunista Chinês? Fica sem o Centro de Comunicações da NATO em Oeiras

Sabemos que o Partido Comunista Chinês tem importantes lobbystas dentro do Governo, a servir o Governo pretensamente “pro bono”- e, em praticamente, todos os partidos políticos. Sabemos inclusivamente que há partidos políticos que se converteram em “business center” ao serviço do Partido Comunista Chinês.

A mensagem do Presidente Trump foi transmitida de forma clara ao Governo português: a decisão cabe inteira e exclusivamente às autoridades portugueses, que gozam de uma liberdade total de conformação. No exercício da sua soberania, Portugal pode, com toda a certeza, optar por autorizar a entrada do Partido Comunista Chinês, através da Huawei, no 5G.

Sabemos que o Partido Comunista Chinês tem importantes lobbystas dentro do Governo, a servir o Governo pretensamente “pro bono”- e, em praticamente, todos os partidos políticos. Sabemos inclusivamente que há partidos políticos que se converteram em “business center” ao serviço do Partido Comunista Chinês.

Contudo, esta realidade não invalida o acerto da premissa anterior: Portugal é um país soberano, com total liberdade de decisão quanto às matérias que digam respeito ao país, dentro dos limites objetivos da sua soberania.

Em termos equivalentes, os EUA também são um Estado soberano que goza de liberdade para tomar decisões na prossecução dos seus interesses e na promoção da sua segurança nacional – e, na qualidade de maiores contribuintes da NATO, os EUA têm o poder-dever de preservar a integralidade da Aliança Atlântica.

Donde, o Subsecretário de Estado para os Assuntos de Economia, Ambiente e Energia, Keith J. Krach fez questão de cristalinamente comunicar a quem de direito em Portugal que os EUA respeitarão qualquer decisão das autoridades soberanas portuguesas – contudo, naturalmente, o namoro português com o regime tirânico e criminoso do Partido Comunista Chinês terá consequências.

A primeira será a desconfiança permanente entre Estados que têm uma relação muito estreita em termos militares e de intelligence, como é o caso dos EUA e Portugal. Portugal passará a ser encarado como um aliado desalinhado, como um cavalo de Pequim dentro da NATO.

O argumento técnico invocado pelo Governo português-repetido por especialistas do Instituto Superior Técnico, por exemplo, Miguel Pupo Correia – de que o risco de espionagem chinesa apenas se daria com a entrada da empresa do Partido Comunista Chinês no “core” do sistema, não no seus backdoors (chamemos-lhe assim).

Por outro lado, ter um backup que possa reagir no caso de condutas ilícitas do Partido Comunista Chinês é mera fantasia, um puro lirismo próprio daqueles estudos encomendados…

E sejamos claros: se Portugal, no atual quadro da rede dos sistemas de telecomunicações, não consegue evitar que empresas chinesas que operam livremente entre nós espiem qualquer ativo público ou privado (a China tem um manancial de informações sobre políticos e empresários de topo portugueses, que utilizará sempre que lhe convenha…), imagine-se o que será após a entrada da Huawei no 5G! Será a rendição total de Portugal à China Comunista; todos nós ficaremos à mercê do Presidente Xi e seus camaradas.

O sistema 5G  da Huawei tem uma peculiar capacidade de espiar, através do seu backdoor, qualquer utilizador – o que abrirá caminho a que a China Comunista faça em Portugal o que faz regularmente aos seus cidadãos.

Portugal passará a ser (ainda mais) a maior “ Communist Chinatown “ da Europa. É, pois, engraçado que se utilize o argumento da soberania, da decisão sobre assuntos de Portugal é para os portugueses – para tomar uma decisão que acaba com a soberania portuguesa! Mais: que representará uma clara ameaça às liberdades individuais e cívicas dos cidadãos.

Então, o mesmo país que apoio efusivamente a nova legislação sobre proteção de dados da União Europeia, que criou um regime jurídico complicadíssimo para proteger os dados dos cidadãos – será o mesmo país que autorizará a maior transferência de dados para um país totalitário, autoritário e bárbaro, como é a China Comunista, dos dados seus cidadãos sem qualquer controlo, nem limite?

Convém os portugueses perceberem que depois de dado este passo (da cedência do 5G ao Partido Comunista Chinês, na sua versão Huawei), não haverá volta a dar…

Repare-se que a Diretora da Huawei quando foi detida no Canadá disponha de vários dispositivos móveis – nenhum da marca da empresa do Partido Comunista Chinês. Porquê?

Porque, como a própria já confessou, ela sabe a capacidade de espionagem dos equipamentos da Huawei, que permite uma rápida transferência dos dados para o regime de Pequim.

O Governo português sabe de tudo isto – e como sabe, resolveu vedar o conhecimento público do relatório de segurança empreendido pelo Gabinete Nacional de Segurança.

 Podemos adiantar que nesse relatório que o Governo português esconde, os perigos colocados pela Huawei são devidamente reconhecidos e assinalados. Não há qualquer dúvida: a presença da Huawei, empresa do Partido Comunista Chinês, no 5G em Portugal será a maior violação feita por um Governo democrático aos seus cidadãos. Será mesmo uma traição à Constituição Portuguesa, senão mesmo à República Portuguesa.

E como compreender que o Governo português esconda a informação aos cidadãos, com base na preservação de segredo de Estado? Qual segredo de Estado?

A Alemanha – cujos riscos geopolíticos são superiores, apesar de tudo – revelou o essencial do relatório sobre os riscos da presença do Huawei no 5G…O mesmo vale para o Reino Unido. Por que razão o Governo português opta pela mentira?

A explicação é muito simples: porque não quer incomodar o regime do Partido Comunista Chinês e suas elites, nem tão pouco prejudicar os negócios entre apoiantes e pessoas próximas do Governo e empresas do regime comunista chinês.

Desafiamos aqui o Governo, e a Senhora Ministra que deu a cara pela ocultação, Mariana Vieira da Silva (atenção que ela é a menos responsável por este ato absurdo…), a revelar aos portugueses TODOS os problemas suscitados pelo acesso da Huawei, empresa do Partido Comunista Chinês, ao 5G, independentemente se é a camada da superfície ou a camada central, conforme nos tentou explicar o antigo Secretário de Estado das Comunicações.

Se não têm nada a esconder, mostrem; não protejam o Partido Comunista Chinês, o bárbaro regime que matou, e está matando, milhares de pessoas por todo o mundo! E a destruir as nossas vidas, pela economia, e as nossas liberdades!

Já agora, por que razão (ou razões…) continua o Governo a esconder os acordos firmados com o Partido Comunista Chinês? Pelo menos, duas dezenas de acordos sem que ninguém os conheça, a não ser o Governo e Marcelo?

E a oposição? Nada tem a dizer sobre a captura do Governo português pelo Partido Comunista Chinês? Ou a oposição, por várias razões, nada pode dizer?

Há dias, um operacional dos serviços secretos portugueses contou-nos que o Governo português não permitiu o acesso da intelligence portuguesa a documentos sensíveis para a nossa segurança nacional, relacionadas com o Partido Comunista Chinês – inclusivamente, o Governo ora esconde, ora ignora, informação aos e dos serviços secretos sobre a Huawei.

As mulheres e os homens que trabalham no SIED, os operacionais, bem como da Intelligence militar,  são aqueles a quem Portugal deve estar muito grato pela extraordinário trabalho – sem eles, e o seu trabalho empenhado, não queremos imaginar onde estaríamos…

Apesar de tão mal tratados pelo poder político, e sem condições de trabalho objetivas e subjetivas, tentam fazer o que muitos julgam (ou julgariam) impossível.

 Que o Governo permita aos serviços secretos nacionais fazerem o seu trabalho e avaliarem o imenso risco representado pelo Partido Comunista Chinês para todos nós – pense-se, por exemplo, na maciça transferência de dados de cidadãos portugueses para Pequim que a Fosun realiza de forma regular…E isto – embora muito grave – é apenas a ponta do icebergue…

Terminamos como começámos: se o Governo português, no exercício da sua soberania, decidir abrir as portas à Huawei no 5G , a sua decisão será respeitada.

O Governo português pode ter, desde já a certeza, que perderá o Centro de Informações da NATO, localizado em Oeiras (NATO Communications & Information System Services Agency – NCI).

Novas localizações estão já a ser estudadas, para o caso de o Governo português não ter juízo…

O Governo Português tem, nos últimos tempos, testado a paciência dos EUA até ao limite.

Desde informações erróneas até toupeiras na Embaixada de Portugal em Washington para passar informações que chegavam a diplomatas chineses  e chinesas (que não só em Portugal – parece que há relações muito estreitas com diplomatas chineses e chinesas na Bélgica e em França na cúpula de certos partidos…), os EUA têm aguentado, registado tudo.

 Até campanhas de desinformação nos media, o Governo tem patrocinado ao serviço do Partido Comunista Chinês.

 Agora é tempo de agir.

A mensagem do “Under Secretary of State” Keith J. Krach aos responsáveis portugueses foi clara: não brincam mais com os EUA.

A brincadeira terá consequências. E os EUA – esta dedicada a Seixas da Costa, Marques Mendes e outros papagaios ao serviço do Partido Comunista Chinês – não pedem desculpa.