Sindicatos acusam Santander de propor rescisões aos trabalhadores

Os sindicatos dizem que não vão admitir que os trabalhadores sejam colocados sob “pressão” e “ameaça”. 

O Mais Sindicato e o Sindicato dos Bancários do Centro acusaram o banco Santander Totta de estar a propor a vários trabalhadores que rescindam o seu contrato e dizem que não vão admitir que os mesmos sejam colocados sob "pressão" e "ameaça", num comunicado das entidades enviado às redações. 

De acordo com a nota dos sindicatos, o banco está a convocar vários trabalhadores para uma reunião com os Recursos Humanos onde lhes é apresentada "uma proposta de rescisão por mútuo acordo, tendo como contrapartida uma indemnização", uma atitude que tanto o Mais Sindicato como o SBC dizem não admitir. 

"O Mais Sindicato e o SBC deixam desde já claro que não admitirão que os trabalhadores sejam alvo de qualquer tipo de pressão ou ameaça – nomeadamente que se intimidade os visados de que se não aceitarem a rescisão por mútuo acordo poderão ser despedidos ao abrigo da extinção do posto de trabalho ou através de um despedimento coletivo", afirmam.

Na visão dos sindicatos, os trabalhadores devem poder analisar a proposta, sendo que cada um "é livre de optar por continuar a sua carreira no banco ou escolher outro projeto. e só após essa análise, "o trabalhador deve ponderar se aceita a proposta do banco ou se a recusa –mas sempre ciente de que não é obrigado a aceitá-la", acrescentam. 

Os sindicatos garantem ainda que vão estar do lado dos funcionários para "esclarecer todas as dúvidas antes destes terem de tomar uma decisão", aconselham os trabalhadores a "recorrerem a apoio jurídico para que estejam seguros das consequências da sua decisão, seja ela qual for" e mostram-se disponíveis para "marcar uma entrevista nos serviços jurídicos dos Sindicatos".