A associação ambientalista Zero e a MUBI – associação pela mobilidade urbana em bicicleta – consideram insuficientes os incentivos de apoio à mobilidade ativa previstos no Orçamento do Estado para 2021. Em comunicado, as duas entidades consideram que estes incentivos “devem ser mais atrativos”, e apelam que os apoios para a aquisição de bicicletas convencionais devem ser de 50%, com um aumento do limite máximo para os 200 euros e para um total de cinco mil bicicletas. Em relação às bicicletas com assistência elétrica, as associações defendem que os incentivos devem manter-se nos 50%, mas que deve haver um aumento do limite máximo para os 500 euros e um para um total de cinco mil bicicletas.
Recorde-se que, em 2020, os incentivos para a compra de bicicletas convencionais era de 10%, até ao máximo de 100 euros, e para bicicletas elétricas de 50%, com um limite de 350 euros.
“Fazendo as contas, para usufruir do incentivo de 100 euros (na compra de uma bicicleta convencional) é necessário gastar mil euros, valor este que permite optar pela aquisição de uma bicicleta elétrica e obter um incentivo muito superior”, refere o comunicado. Zero e MUBI sugerem também um aumento de incentivos para bicicletas de carga e apoios para a reparação de até 50 mil bicicletas.
Ainda assim, as duas associações elogiam a iniciativa do Governo de incentivar a compra de bicicletas, como parte dos planos e estratégias do Estado no sentido de uma mobilidade urbana sustentável. A Zero e MUBI concluem apelando ao Governo que desenvolva um programa de incentivo a movimentos pendulares casa-trabalho em bicicleta, como já acontece noutros países europeus.