O endividamento da economia portuguesa registou uma subida de 1,7 mil milhões de euros em agosto, face ao mês anterior e fixa-se agora nos 736,6 mil milhões de euros, atingindo assim um novo recorde.
Os dados foram divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal (BdP). “Em agosto de 2020, o endividamento do setor não financeiro situou-se em 736,6 mil milhões de euros, dos quais 334,4 mil milhões de euros respeitavam ao setor público e 402,2 mil milhões de euros ao setor privado”, avança o banco central.
A entidade liderada por Mário Centeno explica que este aumento “deveu-se ao acréscimo de 2,3 mil milhões de euros do endividamento do setor público, compensado, em parte, pela redução de 0,6 mil milhões de euros do endividamento do setor privado”.
O incremento do endividamento do setor público, diz o Banco de Portugal, refletiu-se principalmente no crescimento do endividamento face ao setor financeiro (1,5 mil milhões de euros) e face ao exterior (0,9 mil milhões de euros). “Estes aumentos foram parcialmente compensados pela redução do endividamento perante as perante as próprias administrações públicas”, lê-se.
Já no que diz respeito ao setor privado, o endividamento das empresas registou uma diminuição de 900 mil euros, justificada pelo decrescimento do endividamento face ao exterior. Segundo o Banco de Portugal “o endividamento dos particulares perante o setor financeiro registou um incremento de 0,3 mil milhões de euros”.