A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta quarta-feira quatro suspeitos por branqueamento de capitais e esquema de burlas milionárias. Os detidos têm idades entre os 37 e os 70 anos, adiantou a PJ.
“O queixoso, entretanto já falecido, participou que dois dos suspeitos agora detidos, um deles seu irmão, lhe furtaram dinheiro, bens e todo o acervo documental que possuía”, disse a PJ em comunicado.
O processo começou em 2017, quando um empresário dono de um vasto património mobiliário e imobiliário apresentou queixa às autoridades. Para além das detenções, a PJ apreendeu dinheiro, casas, "viaturas de gama alta, entre outros bens e objetos, provenientes da atividade criminosa". Estas apreensões estão avaliadas em mais de quatro milhões e meio de euros.
Segundo apurou esta investigação, os suspeitos ter-se-ão apropriado do património do queixoso ao vender “uma pequena parte dele em benefício próprio, e transferindo o restante, de forma fracionada” através da assinatura de contratos que transmitiram o direito de propriedade para sociedades por eles controladas.
Para tal, os detidos recorreram a uma advogada que estava encarregue de fazer os registos eletrónicos da autenticação dos atos "com menções especiais de que os representantes das sociedades do queixoso compareciam perante ela, quando não o faziam e nem sequer tinham conhecimento desses atos". A advogada também já foi detida.
Os quatro homens já foram sujeitos a primeiro interrogatório judicial e estão impedidos de se contactarem ou ir para o estrangeiro. Devem ainda apresentar-se periodicamente às autoridades.