Portugal vai poder reorientar verbas comunitárias dos fundos da política de coesão e alocar mil milhões de euros à recuperação económica da crise gerada pela pandemia de covid-19, segundo um comunicado da Comissão Europeia.
Foi aprovada a “modificação de 10 programas operacionais em Portugal, reorientando um total de mais de mil milhões de euros de fundos da política de coesão europeia", que inclui fundos de Desenvolvimento Regional (FEDER), de Coesão (FC) e Social Europeu (FSE), anunciou o executivo comunitário.
"Juntamente com um aumento temporário da taxa de cofinanciamento da UE para 100% para projetos da política de coesão de combate à pandemia, estas mudanças permitirão ao país enfrentar os efeitos adversos da crise do coronavírus na economia, apoiando a sua recuperação", lê-se no mesmo comunicado.
Em causa, segundo Bruxelas, estão investimentos na área da saúde para, como a aquisição de testes e de equipamento de proteção pessoal, e da educação, para permitir a digitalização das escolas, agilizando o ensino à distância.
A aprovação da reafetação das verbas comunitárias permitirá também apoiar as pequenas e médias empresas (PME), o setor do turismo e atividades culturais no país.
A comissária europeia da Coesão e Reformas, a portuguesa Elisa Ferreira, sublinhou que "graças a estas mudanças, Portugal e as suas regiões ultraperiféricas irão impulsionar a sua recuperação socioeconómica e sanitária".