A Galp chegou a acordo com a Petrobras para a venda da participação que detém na plataforma flutuante P-71, que se encontra em construção no Brasil, por 100 milhões de dólares (cerca de 85 milhões de euros).
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a pretolífera portuguesa informa que esta operação insere-se no "enquadramento para desenvolvimentos futuros nos campos gigantes de Tupi e Iracema, localizados no pré-sal da Bacia de Santos” e que será elaborado "um Plano de Desenvolvimento atualizado para os campos com o objetivo de identificar projetos de desenvolvimento adicionais resilientes aos baixos preços do petróleo".
A empresa liderada por Carlos Gomes da Silva adianta que cerca de 30% dos 100 milhões de dólares serão recebidos ainda em 2020 e que o restante valor do negócio será pago em prestações ao longo do próximo ano.
No comunicado, a Galp refere ainda que "para além da preservação de caixa a curto prazo, decorrente da venda da FPSO [plataforma], os acordos representam um passo claro na ambição de longo prazo da Galp em aumentar o fator de recuperação de Tupi e Iracema, apoiando o desenvolvimento de opções de criação de valor e aumentando ainda mais a eficiência e a resiliência de longo prazo destes projetos".
Recorde-se que a Galp – através da Petrogal Brasil – detém uma participação de 9,209% nos campos de Tupi e de 10% nos de Iracema, enquanto a Petrobras detém 65% e a Shell 25%.