A Associação Nacional de Restaurantes (PRO.VAR) divulgou os resultados de um inquérito por questionário onde se verifica “uma evolução muito negativa dos números”, passando de metade (55,1%) para dois terços (66%) as empresas do setor “que tiveram uma quebra de mais de 50% na faturação”, em relação ao mesmo período do ano passado.
Os resultados deste estudo – recolhidos entre os dias 25 e 27 de outubro (com respostas válidas de 886 estabelecimentos de restauração) – concluem que “metade dos restaurantes vão desaparecer (51,2%)” e que “a grande maioria das empresas (77,06%) vão mesmo despedir um ou mais trabalhadores”. Até ao momento, “38% das empresas já despediram”, adianta a associação.
A PRO.VAR recorda que “o setor da restauração foi e é um dos mais afetados pela crise pandémica, mas foi nas últimas duas semanas que o problema se agudizou, ao mesmo tempo que os números de novos casos disparava, a procura, por parte dos clientes, caiu drasticamente”. “O excesso de zelo está a causar desinformação e pânico nas pessoas, que acabam por ficar assustadas e atarantadas”, afirma a associação, que acrescenta que ^”seria aconselhável que essa comunicação fosse acompanhada de informação útil, pedagógica e construtiva e com o objetivo de se colocar a economia a funcionar em segurança”.
Por tudo isso, a PRO.VAR pede que “as medidas restritivas sejam concertadas, equilibradas, claras e proporcionais, mas sobretudo, que sejam acompanhadas de um caderno de encargos com apoios concretos aos setores mais afetados”.
“Será por isso inevitável que todos os “atores” Políticos concentrem as suas energias para obter a melhor correlação entre segurança e economia, caso contrário, metade dos restaurantes que conhece vão desaparecer. Neste sentido, a PRO.VAR pede que as medidas restritivas sejam sempre acompanhadas de um caderno de encargos com apoios concretos aos setores mais afetados”, conclui a associação.