José Manuel Bolieiro, líder do PSD/Açores, é ouvido em audiência final, esta manhã, no tribunal de Ponta Delgada. O social-democrata é requerido no processo de incidente de qualificação de insolvência da Azores Parque. A empresa municipal de desenvolvimento e gestão de parques empresariais foi vendida por 500 euros em março de 2019, quando Bolieiro presidia à autarquia de Ponta Delgada.
Na semana anterior às legislativas açorianas, perante as notícias sobre este caso que saíram com destaque no jornal Público, o líder regional lamentou que quisessem pôr em causa a sua honra”, que afirmou ser “inequívoca”, assim como “a transparência dos procedimentos” que envolvem a venda da empresa.
Bolieiro nega ter agido neste caso com o “intuito de frustrar o direito dos credores da Azores Parque, SA” , garantindo que nunca poderia ter agido com esse propósito, até porque a sua atuação enquanto figura pública “prova o contrário”. Os autarcas envolvidos no processo recusam ainda qualquer comportamento culposo e afirmam que “a sua posição não pode, nem deve, ser confundida com a atuação dos administradores da Azores Parque, SA, que iniciaram funções após a referida venda”.
Recorde-se que José Manuel Bolieiro admite governar o arquipélago, uma vez que o PS de Vasco Cordeiro perdeu a maioria absoluta que teve durante 20 anos nos Açores e os partidos de direita têm maioria no novo parlamento regional