Uma das projeções divulgadas durante a semana pelo Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto aponta para 7 mil casos no Norte na próxima semana. Questionada sobre se haveria capacidade de testagem para detetar um aumento desta natureza dos casos no Norte do país, a Administração Regional de Saúde do Norte indicou que «a implementação de medidas decretadas pelo Governo tem por objetivo evitar as cadeias de contágio e, assim sendo, esperamos que o número que refere não seja, de todo, atingível», indicando que nesta fase estão a ser testadas diariamente aproximadamente 10 mil pessoas no Norte.
Com este nível de testes, e uma média de mais de 2 mil casos nos últimos dias, significa que 20% dos testes no Norte estão a dar positivo, uma taxa de positividade que é o dobro da que tem sido reportada a nível nacional (segundo a última indicação da DGS, nos 8%). Quanto mais elevada a positividade, maiores os sinais de infeção disseminada na comunidade e dificuldade de controlo das cadeias de transmissão. Questionada esta sexta-feira pelo SOL, a ARS esclareceu que a taxa de positividade se situa nos 20% e garantiu que a capacidade instalada para a realização de testes, até ao momento, não foi esgotada. A nova estratégia de testagem da DGS prevê o uso de testes rápidos além de testes PCR e priorização de testes aos grupos mais expostos ou com maior risco em caso de escassez de testes – mas só entra em vigor a 9 de novembro. A ARS garantiu, no entanto, que, não havendo neste momento uma situação de escassez, «a Administração Regional de Saúde do Norte e os hospitais da sua área de jurisdição estão preparados para a realização de testes rápidos acaso assim venha a ser determinado e a necessidade o justifique».