Os dois irmãos gémeos, Emanuel Santos e Fernando Santos, conhecidos por terem fugido do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, no ano de 2018, foram condenados a 12 e 15 anos de prisão respetivamente. Os gémeos estavam acusados de 30 crimes de roubo, um dos quais na forma tentada, 26 de furto qualificado, seis na forma tentada, três de burla informática, um de evasão e tirada de presos e um de detenção de arma proibida.
O Ministério Público tinha pedido para ambos 25 anos de prisão mas o Tribunal acabou por decidir uma pena menor. Emanuel e Fernando eram essencialmente protagonistas de roubos a casas de idosos. Os irmãos arrobavam a porta ou a janela da casa das vítimas e roubavam epecialmente bens em ouro e prata, relógios e dinheiro. Em muitos dos casos, os suspeitos exerciam violência física ou psíquica sobre as vítimas.
Recorde-se que os gémeos geraram polémica quando fugiram do TIC do Porto enquanto aguardavam o transporte para a cadeia, depois de lhes ter sido aplicada a medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva, juntamente com o seu sobrinho. Um dos visados pediu a um agente para se despedir da sua namorada, pedido para o qual teve autorização, e foi a partir daí que o plano dos familiares foi colocado em ação.
Há várias versões sobre o que aconteceu realmente durante a fuga: Segundo uma fonte policial, os detidos "aproveitaram a ocasião para manietar os agentes" e fugir. Há também quem ponha a hipótese de a namorada de um deles ter roubado “uma chave a alguém lá dentro e passou-lha quando esteve a abraçá-lo" ou então "o polícia esqueceu-se de trancar a cela".
Um facto é que os três homens subiram uma escada até uma sala do segundo andar, onde abriram a janela e saltaram para o terraço do primeiro andar, por cima de um balcão da Caixa Geral de Depósitos e dali para a rua, onde foram vistos a apanhar um táxi. Foram mais tarde encontrados num parque de campismo em Medas, Gondomar, onde preparavam um plano para abandonar o país.