O lucro da operadora NOS caiu 42,7%, para 79,1 milhões de euros, nos primeiros nove meses deste ano, um valor que compara com o lucro de 138,1 milhões de euros alcançados no mesmo período do ano passado.
Em comunicado, a empresa explica que ainda é sentido “algum impacto imposto pela situação pandémica”. Ainda assim, o terceiro trimestre “mostrou uma recuperação, já iniciada no final do trimestre anterior, em virtude do levantamento das medidas de combate à pandemia”.
Segundo a NOS, “dos principais impactos financeiros e operacionais da pandemia, destacados no nosso reporte do 1T20, os que ainda tiveram um impacto significativo neste trimestre foram, sobretudo, os níveis muito fracos de audiência nos cinemas devido ao adiamento continuado dos lançamentos dos principais filmes, o decréscimo anual das receitas de roaming devido à diminuição das viagens a nível mundial e alguma preocupação remancescente acerca da resiliência de algumas contas B2B, em particular das empresas mais expostas ao setor do turismo e hospitalidade”.
No entanto, a retoma da atividade “teve como reflexo um aumento” dos serviços da operadora que conseguiu assim “um significativo crescimento do número de serviços de comunicações prestados e no regresso lento dos portugueses às salas de cinema”.
“O terceiro trimestre deste ano marca o início da recuperação da Nos após um período intensamente marcado pela pandemia. Essa recuperação fez-se sentir num nível intenso de captação de mais clientes e serviços, bem como numa melhoria relativa das receitas, ainda em quebra de 1,4%, mas longe da quebra de 7,8% verificada no trimestre anterior”, explica Miguel Almeida, presidente executivo da empresa.
Aliás, no terceiro trimestre foram 125 mil adições líquidas de unidades geradoras de receita (RGUs) no terceiro trimestre, “o que compara com os 76 mil no terceiro trimestre de 2019 e com 53 mil no trimestre anterior”.
Até setembro, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) atingiu 471,2 milhões de euros, o que significa uma quebra homóloga de 6,5%. Já as receitas consolidadas totalizaram 1.013,6 milhões de euros, um recuo de 7,2%.
Ainda relativamente aos primeiros nove meses do ano, a registou um aumento do número de serviços de 272 mil face ao período homólogo de 2019. No final deste período, prestava cerca de 9,886 milhões de serviços, um crescimento de 2,8% face ao mesmo período do ano passado.
O número de serviços móveis registou um aumento de 163 mil face ao período homólogo, contando no final de setembro com 4,972 milhões. O número de clientes de televisão por subscrição também registou uma variação positiva de 1,5% para 1,656 milhões.