O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) acusou a Auchan (antigo Jumbo) de não respeitar os direitos dos seus funcionários e de ser "uma empresa da distribuição alimentar que não respeita os direitos dos trabalhadores”, depois de a empresa ter dito aos trabalhadores que estes terão de compensar as horas não trabalhadas este fim de semana visto o supermercado ser obrigado a encerrar por ordem do Governo, que exige que todos os estabelecimentos comerciais sejam encerrados no fim de semana com o objetivo de impedir a propagação do novo coronavírus.
Segundo o comunicado enviado às redações, foi indicado à grande maioria dos funcionários da Auchan que estes "têm de sair até às 14:00 e estão obrigados a compensar as horas não trabalhadas no prazo de 8 semanas”.
A empresa nega "qualquer acusação de estar a agir à margem dos direitos dos colaboradores, na sequência da decisão de encerramento dos estabelecimentos comerciais às 13h00”, segundo declarações de uma fonte oficial da Auchan Retail Portugal à Lusa. “Perante a determinação do Governo, a Auchan teve de proceder à reorganização dos horários dos seus colaboradores” no entanto esta "está a ser feita dentro do mais escrupuloso cumprimento da legislação em vigor e com o acordo com cada um dos colaboradores” acrescenta, garantido que “não há nenhuma obrigatoriedade de mudar de horário”.