Depois do dia 3, e perante a auto-proclamação fantasiosa (pelo menos, para já) da vitória de Biden, o mundo já voltou a ser um lugar fantástico, liderado por políticos de elevada categoria, a China voltou a ter um sorriso amigo e as redes sociais já não inimigas: são parceiras na tarefa de ajustar os factos à narrativa dos interesses que os “mainstream media” diligentemente servem.
De um problema voltamos à grande solução final – censura e opressão tecnológicas “cuban-chinese style”. Desde que as redes sociais violem direitos fundamentais para ajudar os interesses dominantes a ganhar eleições, tudo está bem. Tudo fica bem – as “fake news”, afinal, até são realidades positivas…
Ora, a verdade é que, ao contrário do que lhe dizem, uma eventual derrota do Presidente Trump não tornará o mundo melhor: tornará, pelo contrário, o mundo mais inseguro e caótico. Tivemos já um exemplo na passada sexta-feira: a Frente Polisário, organização terrorista que tem ligações com o terrorismo islâmico radical, que diz pugnar pela libertação do Saara, conduziu um ataque assassino contra militares espanhóis.
Estes ataques foram dirigidos contra as bases militares n.ºs 4, 17, 18 e 23 de Espanha, estacionadas em Marrocos: tratou-se de ataque de rockets que, infelizmente, acabaram por vitimar dezenas de militares (muitos jovens) espanhóis.
Ora, esta ofensiva de guerrilha tem três aspetos relevantíssimos, para além da tragédia humana que lamentamos, em termos de análise de geopolítica.
Primeiro: a Frente Polisário escolheu o timing em função da indefinição (real) momentânea quanto ao inquilino da Casa Branca nos próximos quatro anos – e da celebração pelos media da vitória (fictícia, pelo menos, para já e porventura definitiva) de Joe Biden e da sua Vice de extrema-esquerda, Kamala Harris.
Isto porque, durante o primeiro mandato do Presidente Trump, a Frente Polisário absteve-se de praticar qualquer ataque relevante, mortífero como o de sexta-feira, temendo as consequências da retaliação das forças dos EUA.
Como nós já avançámos, os EUA, sob a liderança do Presidente Trump, consideram Marrocos uma posição geoestratégica relevantíssima, quer numa perspetiva económica, quer numa perspetiva de defesa, quer numa perspetiva de reforço da aliança com os parceiros europeus, particularmente com Espanha. É intenção do Presidente Trump de fixar, nos primeiros meses do seu segundo mandato, uma base militar perto do Saara, que funcionará em articulação com a Base Militar da Rota.
Ora, perante uma reeleição de Donald Trump ainda não certa, os terroristas da Frente Polisário julgaram ser este o momento certo para atacar, deixando um sinal inequívoco da forma como planeiam atuar no futuro, sem o Presidente Trump na Casa Branca.
Segundo: a China Comunista-Imperialista optou por se articular com a Frente Polisário para transmitir mensagem implícita que o seu comportamento, também a nível militar e de expansão estratégia, se alterará com uma possível (ainda não provável) ida de Joe Biden/Kamala Harris para a Casa Branca. Não é por acaso que o ataque assassino contra os militares espanhóis ocorre precisamente no mesmo dia em que a China Comunista-Imperialista envia uma mensagem de congratulações aos democratas, seguindo a deixa dos media europeus e anti-Americanistas dos EUA (com a liderança da CNN).
A elite chinesa funciona sempre através de sinais e mensagens subliminares: este foi mais um exemplo. Mensagem para Biden; autorização para a Frente Polisário atacar.
É a China-Comunista que está apoiando, financeira e agora militarmente (basta verificar os rockets usados no ataque, que provam um “upgrade” do equipamento militar da Frente Polisário, que tenderá a piorar, verificando-se uma presidência Biden/Kamala) a Frente Polisário. Porquê? Porque a China considera Marrocos –e, em particular a zona do Saara – uma área estratégica para a implementação do seu projeto “One Road, One Belt”. Já há muitas empresas chinesas a explorarem os recursos daquela área do globo (aqui tão perto de nós) – e mais ainda aquelas que estão interessadas (muitas lideradas pela elite do Partido Comunista Chinês) em se deslocar, rapidamente e em força, para o Saara. Para tal se concretizar, é necessário forçar a “retirada estratégica” dos EUA – Xi está confiante que Joe Biden o fará, em concertação com o Primeiro-Ministro espanhol Pedro Sánchez.
Será uma vitória monumental para a China Comunista e para o terrorismo islâmico radical – e uma derrota para o mundo livre, pese embora Biden e os burocratas europeus nem o percebam…
Terceiro: o terrorismo islâmico radical volta a ressurgir em força. Os terroristas respiram de alívio, com a perspetiva de o Presidente Trump não liderar o mundo livre nos próximos quatro anos. Note-se que, sob a liderança do Presidente Trump, não ocorreu um único ataque terrorista nos EUA… Biden ainda nem sequer foi eleito e já provoca distúrbios aqui tão perto de Portugal: o terrorismo islâmico radical sente-se novamente com…bem…liberdade. Terão, no entanto, uma surpresa desagradável quando virem quem efetivamente toma posse no dia 20 de Janeiro de 2021. Aguardemos – que o mundo livre (de Trump) prevaleça sobre o mundo intolerante e de caos (dos interesses que governam Biden/Kamala).