Vamos lá ver se nos entendemos, este foi o primeiro fim-de-semana de confinamento para 7 milhões de portugueses, nas suas áreas de negócio, ao nível do comércio, restauração e cultura e exactamente no início desse confinamento que o Sr. Presidente da República e o Sr. Primeiro Ministro decidem assistir a uma missa em memória das vítimas da pandemia da covid-19, em Fátima?
Não, não foi nas suas áreas de residência, pelas 9 da manhã, mas sim às 11 horas em Fátima! Mais uma vez, estamos perante um contradição e uma
mensagem que passa o seguinte: Vão a missas, como fizeram este Domingo em Cascais, enchendo o hipódromo, circulem à vontade entre concelhos, porque até à uma da tarde, nada se passa: Estão todos livres do bichinho até à uma da tarde. Ele só aparece depois. Só que é mentira! Do outro lado da barricada estão os médicos a terem que decidir quem vive ou quem morre, as doenças e os doentes não covid que ficam negligenciados, e o bicho que anda a circular por todo o lado! A criação destas medidas de fim-de-semana vieram fazer várias coisas: arruinar três ou mais sectores, aglomerar pessoas todas ao mesmo tempo em vez de ser num espaço distribuído de tempo e criar mais focos de infecção, visto que as mesmas podem circular entre concelhos!
As medidas deste fim-de-semana vão-se reflectir gravemente na saúde das pessoas e nas curvas ao longo da semana porque sinceramente aquilo que se viu logo de início pelo comportamento de cima foi, então não é que no primeiro Sábado do fiquem em casa, vamos sair de casa, ir até Fátima e assistir uma missa em memória dos que já morreram? Não existia melhor momento? Melhor altura? Não, pelos vistos tinha que ser exactamente no mesmo dia, em que os sectores sucumbem, as pessoas desesperam e o buraco afunda! O vírus não tem relógio de pulso, onde diz: “Só ataco depois das 13h!”