De julho a setembro, segundo trimestre do ano fiscal 2020-2021, a atividade da Vodafone Portugal foi “negativamente impactada pela pandemia”.
Assim, a receita total da operadora recuou 0,8% neste período em comparação com o igual período de 2019, para 278 milhões de euros, "impactada pela quebra na venda de equipamentos".
Os resultados divulgados esta segunda-feira pela operadora revelam uma desaceleração do principal indicador de negócio, a qual reflete sobretudo os efeitos da quebra da atividade turística nas receitas do segmento móvel. Já o negócio fixo continua, apesar do contexto adverso, a crescer a um ritmo constante.
A Vodafone informou ainda que a receita de serviços atingiu os 255 milhões, um acréscimo de 0,3% face ao mesmo período do ano passado. “O desempenho deste principal indicador de negócio reflete a redução das receitas de roaming e visitors, incluindo o impacto na diminuição das vendas de cartões pré-pagos a turistas e outros utilizadores estrangeiros”, diz a operadora.
Já o número total de clientes móveis desce 5% para 4,612 milhões Year on Year (YoY).
Na análise semestral, entre abril e setembro, a receita de serviço fixa-se em 495 milhões de euros (+0,5% YoY), enquanto a receita total totaliza 537 milhões de euros (-0,8% YoY).
“Apesar da conjuntura económica adversa e do ambiente setorial competitivo, o segmento fixo continua a destacar-se pelo seu positivo desempenho, fruto da conquista de um número cada vez mais alargado de clientes que valorizam e escolhem a qualidade e a competitividade da oferta de fibra da empresa em todo o país”, diz a empresa acrescentando que a base de clientes de banda larga fixa-se em 777 mil (+9,3% YoY) e os clientes de TV ascendem a 713 mil (+10,4% YoY).
Com a contínua aposta na expansão da cobertura de fibra, a rede FTTH da próxima geração da Vodafone Portugal supera, no final de setembro, 3,6 milhões de lares e empresas (+9,7% YoY).
“A Vodafone Portugal apresenta os seus resultados numa conjuntura sem paralelo na História de Portugal, a qual afeta todos os setores de atividade e, inevitavelmente, as comunicações eletrónicas. Num contexto de enorme imprevisibilidade, resultante das constantes mudanças socioeconómicas, a Vodafone Portugal tem vindo a desenvolver esforços suplementares para adaptar e flexibilizar o seu plano de negócio, garantindo a capacidade e a resiliência dos seus serviços de forma a responder às necessidades e dificuldades das famílias e das empresas portuguesas”, diz Mário Vaz, CEO da Vodafone Portugal.
O responsável acrescenta que “a continuidade deste longo histórico de investimentos, de qualidade de execução e estratégia consolidadas, e de compromisso com o País – que oferecem resiliência neste presente tão complexo e volátil – é manifesta e intencionalmente posta em causa de forma irreversível pelo atual regulamento de 5G. Por essa razão, a Vodafone viu-se obrigada a recorrer a todos os mecanismos legais ao seu alcance, para que possamos proteger o futuro deste setor e, em particular, as suas dezenas de milhares de postos de trabalho diretos e indiretos. Ao avançarmos na direção preconizada pelo atual regulamento de 5G, o principal prejudicado será o País”, finaliza.