A Juventude Popular prepara-se para adiar o congresso previsto para 28 e 29 de novembro. A decisão deverá ser anunciada amanhã depois de uma reunião dos órgãos da JP que estão envolvidos na organização do evento.
“A JP é uma organização institucionalista, após reunir os meus pares espero poder contar com a solidariedade dos órgãos da JP para que uma vez mais possamos ser um exemplo de responsabilidade”, afirmou Francisco Mota, presidente da JP.
O líder da JP defende que “o momento que o país atravessa, por mais que os partidos não estejam obrigados ao adiamento das suas atividades, merece dos políticos um sentido de responsabilidade e exemplo, de forma a não trair a confiança das pessoas que é fundamental para contrariar o evoluir da pandemia”.
Para Francisco Mota, os políticos “correm o risco de perder a autoridade moral e política” se começarem a dar “sinais contraditórios” em relação aos sacrifícios estão a pedir.
PS e BE adiaram congressos
A pandemia já levou ao adiamento dos congressos do PS, Bloco de Esquerda e, mais recentemente, do PSD/Madeira.
A reunião dos socialistas, que estava prevista para maio, ainda não tem uma nova data. O presidente do PS, Carlos César, decidiu adiar o congresso em abril, porque “a situação de emergência e de saúde pública que estamos a passar não aconselha manter a referida data”.
O BE decidiu realizar a Convenção Nacional nos dias 22 e 23 de maio de 2021, no distrito do Porto. O evento estava marcado para outubro, mas foi adiado no início do verão.
O congresso do PSD/Madeira, que estava marcado para este fim de semana, também foi adiado. Miguel Albuquerque argumentou que “não pode dar maus exemplos”.
A Iniciativa Liberal não adiou a Convenção Nacional, mas perante a “implementação do estado de emergência foi decidido que decorresse totalmente de forma remota através de plataforma digital”. O encontro realizou-se no último domingo e contou com 230 participantes.