Hungria e Polónia mantêm bloqueio à bazuca

A proposta atual não é aceitável para a Hungria”, disse Orbán, após uma reunião em Budapeste com o seu homólogo polaco, acrescentando que “serviria para criar a primazia da maioria e não do direito”. 

Os primeiros-ministros da Hungria, Viktor Orbán, e da Polónia, Mateusz Morawiecki, confirmaram esta sexta-feira o veto aos orçamentos europeus, enquanto o pagamento dos fundos comunitários estiver condicionado ao cumprimento do Estado de Direito. E defendem que a proposta de condicionamento tem “motivação política” e pode “levar à desintegração da União Europeia”.

A proposta atual não é aceitável para a Hungria", disse Orbán, após uma reunião em Budapeste com o seu homólogo polaco, acrescentando que "serviria para criar a primazia da maioria e não do direito". Morawiecki, por sua vez, acrescentou que o veto se deve ao facto de a proposta de condicionamento ter "motivação política" e pode "levar à desintegração da União Europeia".

Recorde-se que Hungria e Polónia confirmaram esta semana o veto ao orçamento plurianual da União Europeia (UE) para o período 2021-2027 (no montante de 1,07 biliões de euros) e ao Fundo de Recuperação (de 750 mil milhões de euros), pois continuam a rejeitar o mecanismo que condiciona o acesso a estes fundos comunitários ao respeito pelo Estado de direito (que pressupõe unanimidade).