O julgamento de Nicolas Sarkozy começou há uma semana, tendo sido adiado e recomeçado nesta segunda-feira, como fruto de uma complicação de saúde de um dos coacusados, Gilbert Azibert, ex-magistrado. Nas primeiras palavras do antigo Presidente francês, o mesmo não reconhece “qualquer dessas infâmias com que me perseguem há seis anos”.
Em declarações, Jacqueline Laffont, advogada de Sarkozy, defendeu a "nulidade de todo o procedimento" devido a "inúmeros abusos" e "violações repetidas e graves" dos direitos de defesa no caso.
Nicolas Sarkozy, o seu advogado Thierry Herzog e Gilbert Azibert, ex-magistrado, estão a ser julgados por corrupção e tráfico de influências, sendo que os dois últimos enfrentam ainda acusações de violação de sigilo profissional.
Em causa está a promessa a Azibert de um posto prestigioso no Mónaco, por parte de Sarkozy e Herzog, em troca de informações confidenciais sobre uma investigação ao financiamento da campanha presidencial de 2007 de Liliane Bettencourt, herdeira da L’Oreal.