Mulher de cidadão ucraniano que morreu no Aeroporto de Lisboa diz ter “medo” de viajar para Portugal

Depois de Eduardo Cabrita ter anunciado que o Estado iria pagar uma indeminização à família da vítima, Oksana diz que só acredita no apoio quando receber o dinheiro, em entrevista à TVI, e recorda que teve que gastar 2.000 euros na trasladação do corpo do marido de Portugal para a Ucrânia. 

A morte do cidadão ucraniano que morreu depois de ter sido agredido por três inspetores do SEF no Aeroporto de Lisboa, tem sido um dos assuntos mais polémicos dos últimos meses. E na última semana fez correr ainda mais tinha com a demissão da diretora do SEF e as palavras da víuva Oksana Homenyuj,  em entrevista à SIC Notícias, que disse não ter recebido nenhum apoio do Estado português, após a morte do marido. 

Eduardo Cabrita anunciou, esta quinta-feira após a reunião do Conselho de Ministros, que o Estado irá indemnizar a viúva e os dois filhos do cidadão ucraniano, que morreu nas instalações do SEF do aeroporto de Lisboa. No entanto, Oksana diz que só acredita no apoio quando receber o dinheiro, em entrevista á TVI, e recorda que teve que gastar 2.000 euros na trasladação do corpo do marido de Portugal para a Ucrânia. "Estou a viver sozinha com duas crianças", apontou a mulher. 

Já ontem, a víuva tinha admitido que nunca tinha imaginado que uma situação como a morte de Igor pudesse suceder em Portugal. E hoje confessou que tem medo de viajar para o país e por isso não irá assistir ao julgamento sobre a morte do marido. "Tenho medo de ir a Portugal, não sei o que me pode acontecer", disse.

Recorde-se que Igor Homeniuk terá sido agredido violentamente – acabando por morrer – por 3 inspetores do SEF, depois de recusar regressar à Turquia de onde tinha viajado. Luís Costa da Silva, Bruno Valadares e Sousa e Duarte Laja foram acusados de homicídio qualificado pelo Ministério Publico.